Diretor do Sintab insinua “relação íntima” entre a Prefeitura de Campina e o Poder Judiciário em decisão sobre ilegalidade de greve dos professores
O ex-vereador e atual diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores Públicos do Agreste e Borborema (Sintab), Napoleão Maracajá, fez insinuações pesadas acerca de uma suposta “relação íntima” entre a Prefeitura de Campina Grande e o Poder Judiciário paraibano, isso por conta da decretação da ilegalidade da greve dos servidores da educação de Campina, decretada esta semana. As decorações de Napoleão foram dadas durante uma assembleia do Sintab e constam em um vídeo que circula nas redes sociais.
“Eu pergunto ao povo da Paraíba, do Brasil e do mundo: que crime nós estamos cometendo? Qual é o crime que nós cometemos para sermos levados aos tribunais? É uma ação articulada, de quem desfruta de muita intimidade no Judiciário. Não entraram em uma Vara da Fazenda, foram direto ao desembargador. Isso mostra a intimidade que esse governo tem com o Judiciário”, declarou o sindicalista. (Veja o vídeo abaixo)
Na última terça-feira, o desembargador José Aurélio da Cruz, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), atendeu o pedido feito pela Procuradoria Geral do Município e decretou a ilegalidade da greve dos professores de Campina Grande, que tinha sido declarada na semana anterior, durante assembleia da categoria.
Segundo o prefeito Bruno Cunha Lima, foram três propostas repassadas ao sindicato e todas rejeitadas. Na última delas, inclusive, Pela proposta, o município pagaria a metade dos 33,24% de aumento aprovado para o piso nacional do magistério em forma de remuneração e a outra parte através de abono. O índice seria totalmente incorporado até o fim do ano.