Presidente da ACCG diz que classe empresarial não aguentaria um novo lockdown no estado da Paraíba
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande (ACCG), professor Antônio Andrade declarou nesta terça-feira, em entrevista ao Programa Revista 101, da Rádio Cariri FM, que a categoria a qual ele representa não aguentaria um novo “arroxo” nas medidas restritivas em decorrência de um possível aumento de casos de covid-19 causado pela variante ômicron do coronavírus. Segundo Andrade, não há o que justifique, por exemplo, se cogitar um novo lockdown no estado, tendo em vista o cenário atual da pandemia na Paraíba.
– Não há nenhum dado, nenhuma informação que justifique a Paraíba entrar em um novo lockdown. Nosso estado tem leitos disponíveis, tem um sistema de saúde pronto para receber pacientes e tem um outro detalhe: essa variante ômicron se espalha muito rápido, mas ela tem um poder de letalidade que parece ser menor. Por isso tudo a gente, a classe empresarial de Campina Grande, espera dos nossos gestores, prefeitos, governador do estado, tenham bom senso e que não se tome uma atitude sem justificativa como a decretação de um novo lockdown – comentou o dirigente.
A possibilidade de novas medidas, mais restritivas, em decorrência da pandemia começaram a ser cogitadas após várias aglomerações registradas durante o fim de semana, principalmente na região metropolitana de João Pessoa. Há uma possibilidade que o governador João Azevêdo faça publicar ainda esta semana um novo decreto, contendo as medidas a serem aplicadas em todo o estado pelos próximos dias.
De toda forma, a Paraíba tem atualmente apenas 23% de seus leitos destinados ao tratamento de pacientes com covid-19 ocupados, destacando-se a situação de Campina Grande, que tem apenas 11% dos leitos de UTI ocupados e apenas 7% dos leitos de enfermaria com pacientes sendo tratados no momento.