Para abrigar apadrinhado do vice-governador, Estado muda gerência do Estádio Amigão em Campina Grande
A edição desta quinta-feira do Diário Oficial do Estado trouxe uma mudança no comando administrativo do Estádio Governador Ernani Sátyro, o Amigão. Em um ato político, desprezando totalmente a eficiência demonstrada nos últimos dez anos, o Governo da Paraíba exonerou do cargo Ascânio Paceli, um dos principais responsáveis pela reestruturação pela qual a principal praça esportiva paraibana passou nos últimos anos. Em detrimento da dedicação e competência demonstrada pelo agora ex-gerente, a administração decidiu por nomear Fabrício Cunha Mendes, apadrinhado político do vice-governador Lucas Ribeiro (Progressistas), partido que recentemente emplacou a secretaria de Esportes, agora comandada pelo ex-deputado Lindolfo Pire.
As mudanças no comando do Amigão, injustificáveis do ponto de vista administrativo, soam como mais um agrado do governador João Azevedo ao grupo Ribeiro, que tem demonstrado uma voracidade enorme no que se diz respeito a ocupação de cargos nas mais diversas estruturas do Governo. E, pelo que tem sido demonstrado, a expansão do Progressistas, leia-se família Ribeiro, deve continuar avançando para dentro da máquina estatal, principalmente para ocupar espaços em Campina Grande, isso numa clara perspectiva voltada para as eleições de 2024.
Procurado pela reportagem, Ascânio Paceli disse que recebeu com naturalidade a informação, agradeceu pelo apoio recebido por diversas pessoas e também pela confiança dos mais de dez anos à frente da administração do Amigão. Ele confirmou ainda que não tem informação se será realocado para outra função no Estado e que no momento não foi comunicado sobre nenhum novo cargo.
Paceli entrou para o corpo de trabalho no estádio de Campina Grande em 2011, como auxiliar do então gerente-administrativo Wladimir Borborema e em janeiro de 2013 assumiu efetivamente o cargo. Sob seu comando aconteceram várias obras de melhoria na estrutura da praça esportiva, principalmente na troca do gramado, que era uma reivindicação de anos da comunidade esportiva campinense.